A Versatilidade da Gravel: A Bike para Qualquer Aventura - por Itamar Silva

Hoje quero te convidar a um exercício de imaginação. Vamos começar mergulhando no mundo das suposições. Imagine que você é um nômade digital, trabalha remotamente de qualquer canto do mundo. Agora, suponha que você tenha três bicicletas: uma road (estrada), uma mountain bike e uma gravel. Como bom nômade, você decidiu viajar e trabalhar ao mesmo tempo, mas aí vem a pergunta que não quer calar: só pode levar uma bike. Qual delas escolher?

Vamos pensar nas possibilidades juntos:A road parece promissora para longas distâncias no asfalto, mas e quando você quiser explorar a zona rural? Pedalar na terra com uma road pode não ser a experiência mais confortável (ou divertida).

A mountain bike, por outro lado, se sairia bem na terra e até no asfalto. Mas você quer um desempenho melhor no asfalto e, como as estradas de terra não são técnicas nem desafiadoras, talvez a MTB também não seja a escolha ideal.

Agora, vamos falar da sua gravel. Acredito que ela já acompanha as tendências e é equipada para receber pneus até 700x45, então as estradas de terra são fichinha pra ela. E no asfalto? Nem se fala: puro desempenho. Acho que chegamos à resposta.

É, vamos de gravel!

E sabe o que é interessante? Essa não foi só uma suposição. Foi exatamente a escolha que fiz recentemente na minha própria aventura. Com três bikes disponíveis, optei pela gravel pelos mesmos motivos que discutimos.O coração da bike são os pneus. Bom, eu acho isso! Então, não bastava escolher a bicicleta ideal, eu também precisava acertar nos pneus. Para essa aventura, escolhi os Panaracer SK Plus, porque eles me garantem uma boa rolagem no asfalto, sem perder o grip na terra.

Bora falar da viagem!

Dessa vez, me joguei no sertão alagoano, explorando as cidades e povoados ao longo do Rio São Francisco.

Piranhas

A “Lapinha do Sertão”, como D. Pedro II carinhosamente a chamou em 1859. A cidade preserva um encanto histórico, faz parte de um roteiro cicloturístico com mais de 350 km. Além disso, Piranhas tem uma forte ligação com a história do Cangaço. Foi daqui que partiram as volantes (policiais) que, em 1938, enfrentaram e venceram o temido Lampião.

Entremontes

Um povoado charmoso e pacato, pertinho de Piranhas. Entremontes carrega histórias da passagem de D. Pedro II e também do Cangaço. Mas o que realmente rouba a cena por lá é o artesanato. O bordado, uma tradição que passou de geração em geração.

Ilha do Ferro

Apesar do nome, não é uma ilha de verdade. É um lugar que parece ter sido congelado no tempo – não no sentido de atraso, mas pela preservação da paz e tranquilidade. Aqui, o artesanato não é só uma atividade local, é um modo de vida. E não é exagero dizer que a Ilha do Ferro possui a maior concentração de artesãos por metro quadrado do mundo!

Fiquem ligados, logo mais compartilharemos essa aventura no Youtube. Até lá.